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A incontinência urinária está presente na vida de 10 milhões de brasileiros de todas as idades e sexos, mais comum no sexo feminino.

Pesquisas indicam que 40% das mulheres com mais de 50 anos de idade apresentam algum nível de escape de urina. A disfunção é causada pela perda involuntária da urina, não necessariamente em grandes volumes. Pequenos escapes também podem acontecer normalmente.

 

A incontinência urinária pode ser causada por diversos fatores. Entre eles: infecções ou traumas no trato urinário, gravidez, histerectomia e medicamentos (principalmente os diuréticos), além de tabagismo e distúrbios emocionais.

 

O tipo de incontinência mais comum entre mulheres é a incontinência por estresse (ou por esforço).

Isto é, aquela em que pequenas de urina são perdidas quando a mulher tosse, espirra, ri ou faz quaisquer atividades repentina que aumente a pressão dentro do abdômen.

 

A linha de tratamento muda de acordo com o quadro clínico de cada paciente. É possível que uma mesma pessoa faça uma combinação de vários procedimentos para tratar a incontinência urinária. Os principais métodos são: treinamento da bexiga e exercícios do assoalho pélvico , medicamentos, cirurgias minimamente invasivas.

 

Durante e pós gravidez

As mudanças anatômicas e hormonais que acontecem durante a gravidez podem favorecer o desenvolvimento da incontinência urinária. O parto também pode facilitar o aparecimento do problema, pois, com a saída do bebê, o tecido vaginal e os ligamentos podem ser afetados. Dados apontam que 69% das gestantes se deparam com a incontinência urinária ao longo da gravidez.

Portanto, exercícios de contração – também conhecidos como cinesioterapia – para fortalecer o assoalho pélvico são considerados importantes aliados no tratamento da incontinência urinária.

Muitas vezes, só os exercícios já oferecem grande melhora.

 

O assoalho pélvico é uma rede de músculos, ligamentos e tecidos que funcionam como uma rede de sustentação para os órgãos da pelve: o útero, a vagina, a bexiga, a uretra e o reto. Se os músculos enfraquecerem ou os ligamentos ou tecidos forem esticados ou danificados, os órgãos pélvicos ou o intestino delgado podem cair e ficar salientes dentro da vagina. Se o distúrbio for grave, os órgãos podem ficar salientes através da abertura da vagina e para fora do corpo.

 

Os distúrbios do assoalho pélvico geralmente resultam de uma combinação de fatores.

 

Os fatores a seguir costumam contribuir para o desenvolvimento desses distúrbios:

  1. Ter um bebê, sobretudo se o parto for vaginal
  2. Ser obesa
  3. Sofrer lesões, como pode ocorrer durante uma histerectomia (remoção do útero) ou outro procedimento cirúrgico
  4. Envelhecimento
  5. Fazer com frequência coisas que aumentam a pressão no abdômen, como fazer força durante a evacuação ou levantar objetos pesados
  6. Infecções urinárias ou vaginais.
  7. Efeitos colaterais de medicamentos.
  8. Constipação intestinal.
  9. Fraqueza de alguns músculos.
  10. Obstrução da uretra pelo aumento da próstata.
  11. Doenças que afetam os nervos ou músculos.
  12. Alguns tipos de cirurgia ginecológica e outras.

 

Tipos e sintomas

Todos os distúrbios do assoalho pélvico são, essencialmente, hérnias, em que os órgãos se projetam de forma anormal, visto que o tecido de sustentação está enfraquecido.

Os diferentes tipos de distúrbios do assoalho pélvico são nomeados de acordo com o órgão afetado.

Com frequência, uma mulher tem mais de um tipo. Em todos os tipos, o sintoma mais comum é uma sensação de peso ou pressão na área da vagina, uma sensação de que o útero, a bexiga ou o reto está caindo.

Os sintomas tendem a ocorrer quando a mulher está na posição vertical, esforçando-se ou tossindo e desaparecem quando ela está deitada e relaxada. Para algumas mulheres, a relação sexual é dolorida.

Os casos leves podem não causar sintomas até que a mulher fique mais velha.

Às vezes, uma infecção do trato urinário se desenvolve. Se os nervos da bexiga ou da uretra estiverem danificados, a mulher que tiver esses distúrbios pode desenvolver incontinência de urgência (uma vontade intensa e irreprimível de urinar, resultando na liberação da urina).

 

Prolapso do útero

No prolapso do útero, o útero cai dentro da vagina. Isso geralmente resulta de enfraquecimento do tecido conjuntivo e dos ligamentos de sustentação do útero. O útero pode ficar saliente das seguintes maneiras:

Apenas em direção à parte superior da vagina

Para baixo em direção à abertura da vagina

Parcialmente através da abertura

Atravessando completamente a abertura, resultado em um prolapso uterino total (procidência)

A gravidade dos sintomas é determinada pela profundidade do prolapso do útero.

O prolapso do útero pode causar dor lombar ou no cóccix, dificuldade em defecar e dor durante as relações sexuais, bem como uma sensação de peso ou pressão – uma sensação de que os órgãos pélvicos estão caindo. No entanto, muitas mulheres não apresentam nenhum sintoma.

O prolapso uterino total pode causar dor durante a caminhada. Feridas podem se desenvolver no colo do útero (a parte inferior do útero) saliente e causar sangramento, secreção e infecção.

O prolapso do útero pode causar uma torção na uretra. A torção pode esconder a incontinência urinária se estiver presente ou tornar o ato de urinar difícil.

 

Prolapso da vagina

No prolapso da vagina, a parte superior da vagina cai em direção à parte inferior, de modo que a vagina vira do avesso. A parte superior pode cair parcial ou totalmente através da vagina, projetando-se para fora do corpo e causando o prolapso vaginal total. Normalmente, a cistocele ou a retocele também estão presentes.

O prolapso vaginal total pode causar dor ao se sentar ou caminhar.

Feridas podem se desenvolver na vagina saliente e causar sangramento e corrimento.

O prolapso da vagina pode causar uma necessidade irresistível ou frequente de urinar. Ou pode causar torção da uretra. A torção pode esconder a incontinência urinária se estiver presente ou tornar o ato de urinar difícil. Evacuar pode também ser difícil.